Professores da UFMA entram no 25º dia de paralisação


A adesão da UFMA à greve nacional dos professores de universidade federais aconteceu no dia 14 de maio. Segundo a Associação dos Professores da UFMA, seção sindical do Andes (Apruma), em todos os campi da UFMA, na capital São Luís, Imperatriz, Bacabal, Chapadinha, Pinheiro e Codó, os professores paralisaram as aulas, total ou parcialmente, chegando a um percentual de 90%.
A principal reivindicação é a reestruturação da carreira docente, com treze níveis de remuneração, a partir de um piso salarial de R$ 2.390. Além disso, pedem inclusão de gratificações aos vencimentos em caráter irrestituível e melhoria das condições de trabalho, limitação de no máximo 30 alunos por turma; a quantidade de 12 horas aulas para contratos de 40 horas; e que as eleições, na UFMA, sejam realizadas dentro do prazo regimental.
Em entrevista ao G1, a professora Marizélia Ribeiro, do Comando de Greve da Universidade Federal do Maranhão, falou sobre o andamento das negociações e sobre as exigências da categoria.
" Hoje nós temos de 49 universidades federais paradas, de um total de 59. A Apruma, desde o início, tem participado, ela ajudou a construir esta greve. Uma greve que foi empurrada pelo governo federal, desde 2010, a partir do momento que as negociações não aconteceram. A greve não foi precipitada, ela é resultado dessa falta de negociação, de compreensão, e da falta de compromisso do governo federal para com a universidade pública brasileira, para com os professores, os estudantes e a sociedade como um todo", afirmou.
A professora reafirmou as exigências da categoria. " Nós queremos, a nível nacional, uma carreira única, em treze níveis, em que você tenha diferença salarial a partir do regime de horas, e a partir da sua qualificação, em que se tenha uma progressão na carreira a partir do seu trabalho, definido junto à universidade e as unidades acadêmicas, e que ela tenha um acréscimo de 5%. Nós não queremos que a maior parte do nosso salário sera composta por gratificações, nós queremos que realmente exista um projeto de universidade, que dê conta das funções de ensino e extensão", ressaltou.
Sobre o semestre letivo na UFMA, a professora esclareceu que não haverá cancelamento. "Nós falamos sempre em suspensão do calendário acadêmico, isso significa que a partir do dia 22, até o último dia de greve, quando nós retornarmos, vamos repor todo este período. Isso vai comprometer as férias, mas não significa, jamais, cancelamento do semestre letivo, como estão entendendo", finalizou.
Fonte: G1