Atividade sexual precoce aumenta os riscos de câncer do colo do útero

Publicação 05-04-2013


Para os pais, a especialista aconselha que é importante levar as adolescentes ao ginecologista.
Com informações da assessoria

Cada vez mais cedo, aumentam os casos de relações sexuais entre os adolescentes. Com isso, os riscos são muitos, a começar pela possibilidade da gravidez precoce e pelo perigo do contágio por DST’s (doenças sexualmente transmissíveis).
Entre as doenças mais comuns, que afetam principalmente as mulheres, está o HPV (papilomavírus humano), nome genérico de um grupo de vírus que engloba diferentes tipos. Por ser transmitido sexualmente, pode provocar o surgimento de lesões genitais de alto risco, porque são precursoras de tumores malignos, especialmente de câncer do colo do útero e do pênis.
Segundo a ginecologista do Hapvida Saúde, Maria Valdineia Pereira, a doença é comum entre os adolescentes e atinge, sobretudo, as mulheres por apresentarem variações tanto do ciclo hormonal, quanto da imunidade ao longo do mês, diferentemente dos homens. Com isso, elas apresentam mais chances de contrair a infecção. “O início precoce da atividade sexual é um dos fatores de risco e está fortemente associado à infecção persistente pelos subtipos de alto risco, responsáveis pelo câncer de colo de útero” disse ela.
Para os pais, a especialista aconselha que é importante levar as adolescentes ao ginecologista, para uma orientação sexual, e alertar sobre os perigos das doenças sexualmente transmissíveis. A médica comenta ainda que a orientação sexual entre os jovens pode ser realizada no período de puberdade, entre 10 e 15 anos, quando ocorrem as mudanças no corpo e surgem muitas dúvidas.
O vírus do HPV pode ser eliminado espontaneamente, sem que a pessoa sequer saiba que estava infectada. Uma vez feito o diagnóstico, porém, o tratamento pode ser clínico (com medicamentos) ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, laser ou cirurgia convencional em casos de câncer instalado.