Polícia Civil destrói 115 mil pés de maconha na divisão do Maranhão com o Pará

Publicação 01-05-2013


A Polícia Civil apresentou nesta terça-feira (30) os
resultados da operação "Mutuca", deflagrada em municípios do nordeste paraense visando destruir plantações de maconha existentes na região conhecida como Triângulo do Capim e na área dos rios Piriá e Gurupi, perto da fronteira com o Estado do Maranhão. Ao todo, 115 mil pés foram destruídos, em onze plantações.

Mais de cinco mil mudas da erva, 30 quilos de maconha prensada e mais 15 quilos em sementes foram encontrados em terrenos situados em áreas de mata, de difícil acesso. Iniciada no último dia 22, a ação policial se estendeu até a última segunda-feira (29), com o retorno das equipes das polícias Civil e Militar, Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, Corpo de Bombeiros e Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp).

O delegado João Bosco Rodrigues, titular da Diretoria de Polícia Especializada, explicou que a operação, a primeira de grandes proporções na região este ano, focou em áreas já mapeadas. "Algumas delas já eram conhecidas da polícia por causa de outras operações policiais que já vêm sendo executadas na região desde 2005", explica.

No total, doze viaturas terrestres e um helicóptero do Graesp foram usados na operação, que contou com 41 servidores da área de segurança pública. A operação começou na região do Piriá, especificamente em Nova Esperança do Piriá, onde foram erradicadas plantações encontradas em áreas de reserva indígena Tembé. O helicóptero do Graesp foi usado em sobrevoos na região para identificar os terrenos usados no plantio da erva.

A ação policial atingiu ainda áreas situadas em Cachoeira do Piriá, Tomé-Açu e Concórdia do Pará. Neste município, por exemplo, foi encontrada a maior plantação de maconha na região, em um terreno com metragem de 70 metros de cumprimento por 40 metros de largura, onde foram descobertos e destruídos 25 mil pés da erva. A maior parte das ervas extraídas nas plantações é incinerada na área. Uma amostra dos pés é retirada para passar por perícia.

O delegado explica que as plantações ficam em áreas próximas a fazendas, distante das aldeias indígenas. Há ainda roças plantadas em terrenos particulares, próximas a acampamentos e fazendas. "Vamos instaurar inquérito policial para apurar quem são os donos da terra, para que sejam chamados para prestar depoimento", afirma. A maconha plantada na região é usada para abastecer o tráfico interno no Pará e também é escoada para outros Estados, devido à proximidade com o Maranhão.

Fonte: Agência Pará de Notícias