Dengue tipo 3 volta a circular após 17 anos no Brasil, causando preocupação entre autoridades de saúde
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, com quatro tipos de vírus conhecidos: — DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4. O DENV-3, chamado popularmente de tipo 3, circulou de forma intensa nos anos 80 e 90, mas diminuiu sua presença de forma quase absoluta no Brasil por 17 anos.
Seu desaparecimento se deve a fatores como a concorrência com outros tipos de vírus e também a boa imunidade da população.
No entanto, o tipo 3 voltou a circular recentemente, gerando preocupação para os órgãos e especialistas de saúde, devido a possibilidade da reinfecção resultar em formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica.
Foi destacado pelas autoridades de saúde, que, após 17 anos sem circulação significativa no Brasil, circunstâncias como a baixa imunidade da população podem ter sido favoráveis para uma maior propagação do vetor.
Segundo o Ministério da Saúde, o Governo Federal tem feito esforços para a produção de vacinas em 2025, fornecendo cerca de 9,5 milhões de doses, com a aplicação de duas doses por pessoa.
“Claro que é um passo adiante, mas ainda é muito pouco para o tamanho da população do Brasil. Não vamos ter ilusão que a vacina vá bloquear a circulação do vírus em 2025” reconhece Rivaldo da Cunha, secretário adjunto do Ministério da Saúde para Vigilância em Saúde e Ambiente
Estados específicos, como São Paulo, Minas Gerais e Amapá têm registrado surtos de dengue desse tipo, de forma a contribuir para um aumento do número de internações, casos graves e óbitos relacionados à dengue.
O reaparecimento desse tipo específico também ameaça sobrecarregar hospitais, fazendo com que haja uma mobilização para que os problemas decorrentes sejam resolvidos.
A distribuição de milhões de testes rápidos pode ajudar de forma significativa para o controle de circulação do vírus, inclusive o tipo 3, através de diagnósticos rápidos, monitoramento da circulação do vetor e etc.
No entanto, o Ministério reforça que é essencial intensificar os cuidados individuais tradicionais, tais como:
Usar repelentes e roupas que protejam contra as picadas do mosquito;
Evitar objetos que possam acumular água, como caixas d’água, vasos e recipientes;
Buscar cuidado médico ao surgirem sintomas graves, como febre, dores corporais, sangramentos e manchas na pele.
Com a convergência dos cuidados pessoais e do poder público, é possível que o impacto do sorotipo 3 possa ser minimizado, além de evitar uma crise sanitária ainda maior.
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