Preso PM que vingou a morte do filho matando um dos suspeitos

O imirante

Publicação 13-10-2012



SÃO LUÍS - A Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC) informou, ontem, que o 3º sargento da Polícia Militar do Maranhão, Gabriel Moreira Botelho, de 45 anos, lotado no 9º Batalhão, foi preso por ordem judicial na noite de quinta-feira (11), em sua CSA, no bairro João Paulo. O PM teve prisão decretada pela 2ª Vara do Tribunal do Júri, acusado de matar a tiros, por vingança, o assassino do filho, crime ocorrido na madrugada do dia 30 de agosto.
“O delegado Gustavo Alencar, titular do 2º Distrito Policial (João Paulo), representou pela prisão preventiva do policial havia 40 dias. A SPCC, porém, por se tratar de um PM, encaminhou ofício ao comandante-geral da instituição, coronel Franklin Pacheco, solicitando que o cumprimento da ordem judicial fosse feito pelos colegas de farda do sargento. Este, portanto, se encontrava em casa quando foi preso”, disse o superintendente da SPCC, Sebastião Uchoa.
Sargento Botelho, como é conhecido o militar na corporação, segundo a Polícia Civil, matou com dois tiros Elias Veras da Silva, conhecido como Pituca, de 22 anos, um dos suspeitos de participar do homicídio que vitimou Daniel Moreira Botelho, o Negão, de 21 anos, filho do PM. Pituca, ainda de acordo com as investigações, foi alvejado depois de invadir a casa do policial, na Rua Alto Duque de Caxias, com uma faca em punho, e discutir com o sargento.
A invasão, de acordo com a família do PM, teria acontecido em pleno velório de Daniel Botelho, na frente de seus amigos e familiares. “O Sargento Botelho estava muito cansado e inconformado com a morte do filho, e resolveu deixar o velório e se recolher, quando foi surpreendido pela invasão repentina de Pituca. Foi muita audácia, não respeitou nem mesmo a dor da nossa família”, disse o irmão do sargento, o também policial militar, cabo José Ribamar Botelho.
Conforme a família do militar, o que motivou Pituca a matar Negão seria o fato de o sargento Botelho já ter prendido por diversas vezes integrantes da quadrilha da qual o assassino do seu filho fazia parte. Daniel Botelho foi morto com três tiros, em frente ao Colégio São Vicente de Paula, na Avenida São Marçal. Um adolescente foi apreendido e confessou que atirou em Negão da garupa de uma moto, pilotada por Pituca, alegando que o filho do PM havia agredido sua companheira.
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Além da morte de Elias Veras da Silva, o Pituca, segundo a SPCC, o 3º sargento Gabriel Moreira Botelho responde a outros processos criminais, entre eles por crime de tentativa de homicídio. O militar permanece recolhido no presídio do Comando Geral da PMMA, no bairro Calhau, à disposição da Justiça.