200 anos de independência: entenda o envolvimento de Caxias e o Piauí na conquista da liberdade do Brasil

 Segundo o professor de história da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Johny Santana de Araújo, a Batalha do Jenipapo é conhecida como uma das lutas mais sangrentas que ajudou na conquista da independência.



Celebramos nesta quarta-feira (07/09) 200 anos da Independência do Brasil, e você já sabe como o Piauí contribuiu para essa independência? Segundo o professor de história da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Johny Santana de Araújo, a Batalha do Jenipapo é conhecida como uma das lutas mais sangrentas que ajudou na conquista da independência, entre 1822 e 1823.


Nesse período, o Brasil encontrava-se dividido em dois reinos, sendo eles o Reino do Brasil, que ia do Ceará à atual região Sul, e o Reino do Grão Pará, que englobava Piauí, Maranhão e os atuais estados do Norte.


Na época, enquanto os baianos tentavam expulsar o exército português de Salvador, Portugal organizou tropas no Piauí para garantir que o Reino do Grão Pará continuasse submisso à Lisboa. Mas às margens do Riacho Jenipapo, em Campo Maior, piauienses, maranhenses e cearenses usaram o que tinha e lutaram pela independência do País contra as tropas portuguesas que usavam armas de fogo e eram comandadas pelo major João José da Cunha Fidié.


De acordo com o historiador da UFPI, Johny de Araújo, o exército piauiense foi montado às pressas com pessoas comuns da região. Apesar de derrotados, o grupo pró-independência conseguiu capturar a bagagem do exército português, retirando armas e alimentos dos inimigos portugueses, que ficaram sem condições de seguir a luta no estado e foram para a Vila de Caxias, no Maranhão.


O exército brasileiro cercou a cidade até a rendição do major Fidié, em 1° de agosto de 1823 e outro exército foi formado no Maranhão, cercando e combatendo os portugueses na vila de Caxias, segundo o historiador.


Os maranhenses também conseguiram ajuda de uma esquadra enviada por Dom Pedro, que ameaçou bombardear São Luís, o levou a junta portuguesa que governava Maranhão a aderir à independência.


foto e texto do NOCA